sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Luz lenta, Luz rápida




Viagens à velocidade da luz e outras proezas da ficção cientifica tornam-se banais face ás investigações reais dos físicos, que já sabem como variar essa velocidade.



Algo de estranho e misterioso está a ser congeminado em locais como a Escola Politécnica Federal da Lausana (Suíça); Universidade de Colónia (Alemanha); Instituto Levedev de Moscovo...Em todos estes sítios, grupos de cientistas dedicam-se ao impossível: controlar a velocidade da luz, conhecida pela letra, c.



  • Raios que se movam mais depressa do que o da luz

"Nada pode viajar mais depressa do que a luz". Esta afirmação não é exacta. Prova de que é possível ir mais depressa, é a chamada «Radiação de Cherenkov», o brilho azulado que se vê nos tanques que armazenam o combustível radioactivo utilizado nas centrais nucleares. Este tipo de radiação produz-se quando partículas com carga atravessam uma matéria (a água, no caso), a uma velocidade superior á da luz nesse meio. Assim a frase do inicio do paragrafo só é correcta se lhe for acrescentada um pequeno pormenor: «Nada pode viajar mais depressa do que a luz no vácuo». Embora a afirmação continue tão válida hoje como quando Einstein a formulou, há mais de um século, o problema reside no significado da palavra "vácuo". O que conhecemos, obtido de forma rotineira nos laboratórios e que encontramos no espaço, não é o único. De facto, o vácuo não é apenas, a ausência absoluta de energia e matéria...



(Texto adaptado de «Super Interessante-Abril 2007)